segunda-feira
29 marCriminologia- Escola de Chicago
A Revolução Industrial proporcionou uma forte expansão do mercado americano, com a consolidação da burguesia comercial. Os estudos sociológicos americanos foram a priori marcados por uma influência significante da religião. Com a secularização, ocorreu a aproximação entre as elites e a classe baixa, sobretudo por uma matriz de pensamento, formada na Universidade de Chicago, que se denominou “teoria da ecologia criminal” ou “desorganização social” (Clifford Shaw e Henry Mckay).
Em função do crescimento desordenado da cidade de Chicago, que se expandiu do centro para a periferia (movimento circular centrífugo), inúmeros e graves problemas sociais, econômicos, culturais etc. criaram ambiente favorável à instalação da criminalidade, ainda mais pela ausência de mecanismos de controle social.[1]
Conjunto de estudos elaborados no âmbito do Departamento de Sociologia da Universidade de Chicago, a partir do final do século XIX, que tiverem participação marcante no desenvolvimento da criminológica sociológica.
Estes estudos destacaram-se pela promoção do método científico (ênfase na teoria, na observação e na objetividade) no estudo do comportamento humano e social, que antes tinha enfoque especulativo. Se ocupou de vários assuntos de relevância sociológica, mas destacou-se pelos estudos de ecologia criminológica (ou criminologia ambiental).
É considerada uma teoria de consenso e tem como principais expoentes pioneira de Robert Park e Ernest Burguess. Em sede de sociologia, a escola criminológica de Chicago encarou o crime como fenômeno ligado a uma área natural.[2]
Seus representantes iniciais não eram sociólogos nem juristas, senão jornalistas, predominando em todo o caso, o amplo espectro das ciências do espírito.
A Escola de Chicago pode ter seu trabalho melhor compreendido dividindo-o em duas fases: a Primeira Escola vai de 1915 a 1940, enquanto a segunda escola vai de 1945 a 1960.
O trabalho dessa escola explorou a relação entre a organização do espaço urbano e a criminalidade.[3]
[1] FILHO, Nestor Sampaio Penteado. Manual Esquemático de Criminologia. 9ª ed. Saraiva, 2019.
[3] CALHAU, Lélio Braga. Resumo de Criminologia. 4ª ed, Rio de Janeiro, Impetus, 2009.
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