terça-feira
13 marRecursos Técnico/Analista STM
TÉCNICO
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso o período “Ele pode então (…) sua vida” (R. 14 e 15) fosse assim reescrito: Para o apartamento financiado em quinze anos, pode ele voltar então, contente com sua vida
Este item para mim é o mais absurdo, inclusive outros professores de outros cursos do Brasil a fora divulgaram que está errado e a banca deu CERTO e, para mim, tem aqui mais de um erro.
ENTÃO deveria estar entre vírgulas ou sem nenhuma. ENTÃO no texto original se refere a PODE (PODE ENTÃO) e no novo texto se refere a VOLTAR (VOLTAR ENTÃO). FAÇA RECURSOS NESSE SENTIDO, MAS NÃO É POSSÍVEL CONCRETIZAR, MAIS UMA VEZ É INTERPRETAÇÃO.
Considerando que o item afirma: “Ao narrar a história do macaco Alemão e ao comentar a vida dos tigres-de-bengala nascidos em cativeiro, a autora remete à perspectiva de visitar zoológicos que ela classifica como ‘sem inocência’ (l.19)”;
Considerando que a palavra “que” é um pronome relativo, pois, conforme o professor Evanildo Bechara, em Gramática Escolar da Língua Portuguesa, 1ª. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004, p. 141, “O pronome relativo que desempenha dois papéis gramaticais: além de sua referência ao antecedente como pronome, funciona também como transpositor de oração originariamente independente a adjetivo”. Além disso, o pronome relativo pode ter como antecedente uma oração, um substantivo, um adjetivo, entre outros, conforme os professores Celso Cunha e Lindley Cintra, em Nova Gramática do Português Contemporâneo, 2ª. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira: 1997, p. 334;
Considerando, ainda, que os professores Francisco Savioli e José Luiz Fiorin, em Manual do Candidato Português. Brasília: FUNAG, 1995, p. 144, dão um exemplo extremamente parecido com o item apresentado pela banca do que seja ambiguidade: “Pedro censurou o colega de seu primo, que frequenta a mesma faculdade que ele”, afirmando que o pronome relativo QUE pode retomar tanto “primo”, quanto “colega” e até “Pedro”.
Percebe-se que, no item apresentado pela banca, que o pronome relativo QUE pode retomar tanto “zoológicos”, quanto “visitar zoológicos” ou “perspectiva”. Sendo assim, a ideia do item pode ser: “ELA CLASSIFICA ZOOLÓGICOS COMO SEM INOCÊNCIA”, “ELA CLASSIFICA VISITAR ZOOLÓGICOS COMO SEM INOCÊNCIA” ou “ELA CLASSIFICA PERSPECTIVA DE VISITAR ZOOLÓGICOS COMO SEM INOCÊNCIA”. Havendo pelo menos três possibilidades de interpretação acerca do item e só uma é correta, sendo as duas outras erradas, requer-se a anulação do item em questão.
ANALISTA
Essa do POEMA EM PROSA não concordo, mas é difícil recorrer, é um assunto polêmico, alguns teóricos acham que POEMA EM PROSA é uma coisa PROSA POÉTICA é outra, mas, enfim, a maioria considera que POEMA EM PROSA é um texto que é escrito em prosa, mas não tem a mesma concretude de um texto tradicionalmente em prosa, a própria autora MATILDE CAMPILHO é conhecida poetisa portuguesa e olha o título do texto: Notícias escrevinhadas na beira da estrada.
Além disso, olhe os sentidos figurados presentes no texto:
“Não sou de choro fácil a não ser quando descubro qualquer coisa muito interessante sobre ácido desoxirribonucleico” IRONIA; “uma carta que termine com “Muito amor, papai” IRONIA.
“Não esqueça os dois pacotes de leite, passe para comprar pão, guarde o resto do dinheiro para seus caramelos e, quando chegar, eu mostro a você o mecanismo copiador básico a partir do qual a vida vem da vida.” IMAGINAÇÃO DA AUTORA E ISSO É ATÉ CONFIRMADO PELA BANCA CESPE NO ITEM SEGUINTE EM QUE PERGUNTA ISSO E DÁ COMO CERTO (e é certo realmente, a autora divaga, viaja, grande característica do POEMA EM PROSA que nasceu com Charles Boudelaire, SÉCULO XVIII). Vocês vão achar algo sobre isso, inclusive neste site http://www.jornalcaicara.com.br/colunas/matilde-campilho-salvando-momentos/ vão achar comentário sobre a poesia da autora e sobre o texto específico posto na prova.
ITEM DE REDAÇÃO OFICIAL, aquela do AVISO E OFÍCIO, LEIA O ABAIXO, ESPECIALMENTE AS PARTES DESTACADAS E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES, VEJA SE O EXAMINADOR ENTENDE DE REDAÇÃO OFICIAL.
Não gosto de me exaltar, nem de arrogância, mas eu passei 2 vezes em 1º lugar para concursos na área de Revisão de Textos (EBC e CONFEA) e fui eu que fiz o Manual de Redação Oficial do CONFEA, dou aula disso a quase 20 anos e infelizmente o CESPE coloca para fazer provas quem não tem experiência, qualquer pessoa que domina redação oficial sabe que a diferença entre OFÍCIO E AVISO é justamente na finalidade. Mas enfim, compare os trechos em destaque e faça recursos justamente com isso:
MANUAL DE REDAÇÃO OFICIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
3.3.1. Definição e Finalidade Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares.
ITEM DA PROVA: O ofício e o aviso são idênticos quanto à finalidade: ambos tratam de assuntos oficiais entre órgãos da administração pública.
Ou seja, ofício tem 2 finalidades, aviso 1. Não são idênticos quanto à finalidade porque está o item restringindo a finalidade. A banca não pode dizer que copiou do Manual, pois a ideia é de que a FINALIDADE DO OFÍCIO é dupla.
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